Os livros de Agatha Christie foram traduzidos para cerca de
50 idiomas diferentes somando mais de quatro bilhões de cópias em todo o mundo.
Aqui, os livros mais famosos da Rainha do Crime:
O Misterioso caso de Styles
(The
Mysterious Affair at Styles)
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Hastings e Poirot |
O romance de estreia de Agatha Christie, publicado em 1920,
também é o primeiro a ter como protagonista aquele que se tornaria um dos mais
famosos detetives da literatura: Hercule Poirot. Poirot é ajudado por seu
amigo, o capitão Hastings, que é quem narra a história na primeira pessoa. O
livro traz ainda o inspetor Japp, da Scotland Yard. Ambientado em uma enorme e
isolada casa de campo, o livro traz mapas da residência, da cena do assassinato
e parte de um fragmento de testamento. Há também muitas pistas falsas e uma
surpreendente mudança na trama.
Trama: no meio da noite, a Sra. Inglethorp, a rica
proprietária da mansão Styles, é encontrada morta na sua cama, aparentemente
vítima de um ataque cardíaco. As portas trancadas por dentro indicam tratar-se
de uma morte natural. Mas o médico da família levanta uma suspeita: envenenamento.
A partir de então, todos os hóspedes da velha mansão, incluindo seu segundo
marido e seus enteados passam a ser suspeitos. Para solucionar o mistério,
entram em ação Hercule Poirot e seu fiel amigo, capitão Arthur Hastings.
Assassinato
de Roger Ackroyd
(The murder
of Roger Ackroyd)
Principal motivo da fama: primeiro livro de Agatha publicado
pela editora Collins.
Lançado em 1926, é protagonizado pelo detetive belga HerculePoirot. É considerado uma das obras-primas de Agatha Christie, ainda que a
solução do mistério cause grande polêmica. Além da escritora ter usado um
recurso inédito, ela ainda despreza as convenções dos romances policiais.
Trama: O romance é ambientado na sossegada vila britânica de
Kings About, onde o principal passatempo de seus habitantes é falar da vida
alheia. É lá, por exemplo, que muitos discutem a vida de Roger Ackroyd,
considerado um “fidalgo rural”. O grupo das “más línguas” é liderado pela
senhora Caroline Sheepard que anda a especular sobre o relacionamento da viúva
Ferrars com Mr. Ackroyd. Em meio a chantagens e cartas anônimas, Mr. Ackroyd é
assassinado. Mas, por coincidência, Hercule Poirot está descansando na vila,
plantando abóboras. Então, com a ajuda do Dr. Sheepard, irmã da fofoqueira
Caroline, ele inicia uma investigação que, no final, levará ao mais improvável
desfecho.
Assassinato na casa do Pastor
(The murder at the Vicarage)
Principal motivo da fama:
primeiro caso de Miss Marple, a simpática e sagaz velhinha que tudo sabe
e tudo descobre
A estreia de Miss Marple, o aparecimento de personagens inusitados
e a engenhosidade da trama fazem deste romance de 1930 um dos clássicos de
Agatha Christie.
Trama: a história se passa em St. Mary Mead, um pacato
vilarejo onde há quinze anos não ocorre um homicídio e onde as pessoas discutem
a vida alheia tomando chá. Quando um sangrento crime acontece em plena casa do
pastor, o alvoroço é grande. O arrogante inspetor Slack é escalado para
investigar o caso. O mistério também intriga uma discreta moradora que gosta de
jardinagem e de observar pássaros de binóculo, mas cujo principal hobby é o
estudo do comportamento humano: Miss Marple.
O caso dos Dez negrinhos
(The little
niggers ou And ten there were none)
Principal motivo da fama: É um dos maiores best-sellers de
todos os tempos, com cerca de 100 milhões de cópias vendidas.
Publicado em 1939, o livro causou polêmica devido aos
“negrinhos” do título. Tanto que, nos EUA, teve seu nome alterado para And then
there were none ou Ten little Indians. Tornou-se o título mais vendido de
Agatha Christie e foi adaptado por ela para o teatro.
Nos anos 1950, chegou a ser publicado no Brasil com o nome
de O vingador invisível e, em 2008, com o título de E não sobrou nenhum.
Trama: em uma ilha deserta na costa de Devon, oito estranhos
são atraídos para uma mansão por um misterioso homem e sua esposa, por cartas
que são assinadas com U. N. Owen. No primeiro capítulo do livro, que é dividido
em oito partes, é relatada a viagem dos convidados, mostrando os motivos que os
levaram à ilha. Lá, eles se encontram com o casal de criados dos Owen, Mr. e
Mrs. Rogers. Após o jantar, todos ali presentes são acusados de um crime,
através de uma voz que vem do gramofone. Na parede do quarto de cada um, há o
seguinte poema:
Dez negrinhos vão
jantar enquanto não chove;
Um deles se engasgou e
então ficaram nove.
Nove negrinhos sem
dormir: mas nenhum está afoito!
Um deles cai no sono,
e então ficaram oito.
Oito negrinhos vão a
Devon de charrete;
Um não quis mais
voltar, e então ficaram sete.
Sete negrinhos vão
rachar lenha, mas eis
Que um deles se corta,
e então ficaram seis.
Seis negrinhos em uma
colméia trabalham com afinco;
A um deles pica uma
abelha, e então ficaram cinco.
Cinco negrinhos no
tribunal. Ver e julgar um fato;
Um ali foi julgado, e
então ficaram quatro.
Quatro negrinhos no
mar; a um tragou de vez
O arenque defumado, e
então ficaram três.
Três negrinhos
passeando no zoo. Vendo leões e bois.
O urso abraçou um, e
então ficaram dois.
Dois negrinhos
brincando ao sol, sem medo algum;
Um deles se queimou, e
então ficou só um.
Um negrinho aqui está
a sós, apenas um;
Ele então se enforcou,
e não sobrou nenhum.
Um crime Adormecido
(Sleeping murder)
Segundo jornal Sunday Express é “um quebra-cabeça sinuoso,
surpreendente e que satisfaz plenamente o leitor”. O livro, escrito por Agatha
Christie durante a Segunda Guerra Mundial, ficou lacrado no cofre de um banco e
só saiu de lá quando a escritora, já octogenária, finalmente autorizou sua
publicação.
Trama: Gwenda Reed, 21 anos, recém-casada, acaba de comprar
uma casa centenária no litoral sul da Inglaterra. Trata-se da residência ideal
para um futuro vibrante. Aos poucos, porém, o novo lar vai revelando sinais
sinistros. Mas como é possível que Gwenda possa intuir que um dia houve uma
porta onde hoje há uma parede sem passagem? Ou que possa adivinhar, com
precisão de detalhes, qual a estampa do papel de parede original de um quarto?
Sem saber exatamente como, ela adquire a certeza de que uma mulher foi ou será
morta na casa. Miss Marple, perspicaz como sempre, guiará Gwenda pelos segredos
aterradores que seu próprio lar esconde.
Cai o pano
(Curtain)
Assim como Um crime adormecido, Cai o pano foi escrito
durante a Segunda Guerra Mundial e ficou lacrado no cofre de um banco até ter
sua publicação ser autorizada pela escritora em 1975. Foi o último romance
publicado em vida por Agatha Christie.
Trama: já idoso, o detetive Hercule Poirot volta ao local de
seu primeiro caso (O Misterioso Caso de Styles) à procura de um assassino. Para
ajudá-lo, não poderia chamar outro além de seu fiel amigo, Arthur Hastings, que
também já está velho e viúvo. Juntos, eles embarcam em uma última caçada que
começa quando Poirot reúne cinco crimes que, aparentemente, tiveram a participação
do assassino que estava na história O misterioso caso de Styles.
Assassinato no Expresso Oriente
(Murder on the Orient Express)
Principal motivo da fama: foi adaptado ao cinema com direção
de Sidney Lumet e, em 1975, Ingrid Bergman recebeu o Oscar de melhor atriz
coadjuvante por seu papel no filme.
Publicado em 1934, Assassinato no Expresso Oriente é mais um
caso do detetive Hercule Poirot.
Trama: voltando de um importante caso na Síria, Hercule
Poirot embarca no Expresso do Oriente em Istambul. O trem está estranhamente
cheio para aquela época do ano. De madrugada, algo estranho acontece. No dia
seguinte, o detetive descobre que um dos passageiros foi esfaqueado doze vezes
enquanto dormia. Porém tudo é muito misterioso: algumas chagas são profundas e
outras superficiais, algumas parecem ter sido feitas por uma pessoa canhota e outros
por um destro.